Turistas ingleses foram apanhados a acampar fora das zonas autorizadas no Fanal, uma das áreas mais protegidas da Madeira.
Acampamento fora das zonas autorizadas no coração da Laurissilva
Três turistas ingleses foram intercetados pela Polícia Florestal na passada sexta-feira, ao serem apanhados a acampar ilegalmente no Fanal, fora das zonas autorizadas para o efeito. Apesar de possuírem licença para campismo, os visitantes encontravam-se fora do local indicado, violando assim as regras ambientais da Região Autónoma da Madeira.
De acordo com nota oficial, os campistas foram identificados e encaminhados para uma área devidamente licenciada, garantindo-se assim o respeito pelas normas ambientais em vigor.
Fanal: um tesouro da Laurissilva sob constante vigilância
O Fanal situa-se no coração da Floresta Laurissilva, classificada como Património Natural Mundial da UNESCO. É uma das zonas mais sensíveis do arquipélago, exigindo uma vigilância rigorosa e uma utilização responsável por parte de todos os visitantes.
"Acampar fora das zonas autorizadas, mesmo com licença, põe em causa a integridade dos ecossistemas e contraria os princípios de uma fruição sustentável da natureza", frisou Manuel Filipe, presidente do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza (IFCN).
Fiscalização reforçada para proteger o património natural da Madeira
A operação de fiscalização enquadra-se nas ações que o IFCN tem vindo a intensificar, com o objetivo de assegurar o cumprimento das normas ambientais e preservar a biodiversidade madeirense.
Segundo o IFCN, a intervenção da Polícia Florestal evitou danos ambientais e garantiu o respeito pelas regras de ocupação do espaço natural. A entidade aproveitou para relembrar que existem zonas específicas para campismo e que é imprescindível cumprir os termos das licenças emitidas.
Apelo à colaboração da população na defesa da natureza
Manuel Filipe destacou ainda a importância da colaboração da comunidade: "A denúncia de comportamentos indevidos tem sido essencial para a eficácia das nossas ações". O presidente do IFCN sublinhou que a crescente consciência ambiental da população é um fator crucial para a proteção do património natural da Madeira.
O caso dos turistas ingleses serve de alerta para a necessidade de cumprir as normas e respeitar os espaços naturais, assegurando o equilíbrio entre o acesso à natureza e a sua conservação para as gerações futuras.