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terça-feira, 17 de junho de 2025

Foram libertadas duas mulheres apanhadas com 2.000 doses de droga no Porto Santo

Foto arquivo

Apreensão milionária à chegada do navio 'Lobo Marinho' envolve duas mulheres suspeitas de tráfico de droga

O Comando Regional da PSP Madeira desencadeou, no passado sábado, 14 de Junho, uma operação de alto impacto no Porto Santo, que resultou na maior apreensão de drogas sintéticas alguma vez registada naquela ilha. A intervenção teve lugar na zona de desembarque do navio 'Lobo Marinho', principal ligação marítima entre a Madeira e o Porto Santo, e envolveu uma atuação coordenada com base na troca de informações policiais entre as ilhas.

Segundo comunicado oficial da PSP, a fiscalização focou-se na chegada de dois indivíduos do sexo feminino, previamente conotadas com o tráfico de estupefacientes. As autoridades, em estreita colaboração com a investigação criminal, decidiram avançar com a abordagem assim que as suspeitas desembarcaram da embarcação.

Foto da PSP

Uma das detidas, uma mulher de 30 anos, natural e residente na ilha da Madeira, tinha na sua posse um total de 1.938 doses individuais de uma droga sintética conhecida como 'Bloom' e mais 160 doses da substância denominada 'Gorby Mix'. Ambos os produtos foram imediatamente apreendidos pelas autoridades no local.

Com base nos valores praticados no mercado negro, estima-se que o valor total destas drogas sintéticas ascenda aos 40 mil euros, o que reforça o grau de perigosidade e a gravidade da infração em causa. Esta apreensão representa um duro golpe para as redes de tráfico que tentam operar inter-ilhas, especialmente durante a época alta de verão.

Suspeitas constituídas arguidas e sujeitas a perícias laboratoriais

Após a apreensão, as duas mulheres foram constituídas arguidas e sujeitas a Termo de Identidade e Residência, uma vez que as substâncias carecem de perícia laboratorial para confirmar a sua composição exata. Só após esses resultados laboratoriais será possível consolidar a acusação formal de tráfico de estupefacientes.

O caso encontra-se agora sob a tutela do Ministério Público, que já deu início ao processo de inquérito. Caso se confirmem as suspeitas iniciais, as duas suspeitas serão apresentadas a julgamento por crime de tráfico de droga, o que poderá culminar em penas de prisão efetiva, dada a quantidade de substâncias envolvidas.

PSP intensifica controlo na época estival

Esta operação marca o arranque de uma ofensiva de fiscalização por parte da PSP Madeira no Porto Santo, sobretudo durante os meses de verão, altura em que o movimento de passageiros entre ilhas aumenta significativamente. O objetivo é travar o tráfico e a disseminação de substâncias ilícitas, que tendem a intensificar-se com o turismo sazonal e as festividades locais.

A zona de desembarque do navio 'Lobo Marinho' passará a estar sob vigilância reforçada, e todas as movimentações consideradas suspeitas serão analisadas com base em informações cruzadas entre departamentos de investigação criminal, numa lógica de inteligência policial proativa.

A PSP apela à colaboração da população, incentivando denúncias anónimas que possam ajudar a identificar redes de tráfico ou indivíduos associados a práticas ilegais. A cooperação entre forças policiais e comunidade é vista como uma peça-chave para a manutenção da segurança pública.

Um alerta para os perigos crescentes das drogas sintéticas

As substâncias apreendidas — 'Bloom' e 'Gorby Mix' — estão entre as drogas sintéticas mais populares entre os consumidores mais jovens, mas representam riscos gravíssimos para a saúde, podendo causar alucinações, dependência severa e até morte. A facilidade de transporte e dissimulação destas drogas tem preocupado as autoridades, que reforçam a necessidade de educação e prevenção junto da juventude.

Esta apreensão histórica no Porto Santo vem recordar que o combate ao tráfico de droga é uma prioridade permanente das forças de segurança, que, através de ações como esta, procuram garantir que as ilhas da Madeira continuam a ser espaços seguros para residentes e visitantes.

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Sim. ficam a espera do juiz, quem sabe 2 ou 3 anos, se não fogem antes.

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