O mais importante não foi quem ganhou, mas sim o que ficou: uma praia coberta de lixo que revoltou residentes e visitantes.
Desporto europeu termina em cenário vergonhoso
O Jornal da Madeira informou que uma prova internacional de andebol de praia, que reuniu 32 equipas -16 femininas e 16 masculinas - no areal dourado de Porto Santo, terminou com um episódio lamentável. Em vez de celebração, o que restou foi um mar de lixo espalhado pela praia, deixando a Ilha Dourada com uma imagem que em nada combina com o seu prestígio turístico e ambiental.
Após a desmontagem das infraestruturas da Taça dos Campeões Europeus de Andebol de Praia, o cenário era desolador: papéis, latas, garrafas de plástico e outros resíduos cobriam o areal por vários metros. O evento, que tinha como objetivo promover o desporto e o turismo sustentável, terminou por levantar sérias preocupações ambientais e de saúde pública.
Residentes e turistas revoltados com o desrespeito ambiental
De acordo com informações apuradas pelo Jornal, imagens e vídeos enviados por leitores mostram o estado em que ficou a praia após o evento. A areia brilhante e limpa, símbolo do paraíso natural do Porto Santo, deu lugar a um verdadeiro depósito de lixo.
“Se é para deixarem a praia assim, mais vale não fazer nada. Pelo menos continuamos a ter uma praia linda e deslumbrante”, desabafou um leitor indignado. Outros moradores partilham o mesmo sentimento, questionando a falta de responsabilidade ambiental por parte das equipas e da organização.
Imagem da Ilha Dourada manchada pela irresponsabilidade
O episódio deixa uma mancha na imagem de Porto Santo, uma ilha que se orgulha da sua beleza natural e da qualidade das suas praias. O lixo deixado para trás contrasta com o espírito de sustentabilidade que o evento pretendia transmitir.
Vários ambientalistas já apelaram a uma maior fiscalização e a medidas mais rigorosas para que eventos desportivos de grande dimensão não voltem a colocar em causa o equilíbrio ecológico da região. O respeito pelo ambiente deve estar no centro de qualquer atividade turística ou desportiva, sobretudo numa ilha cuja economia depende fortemente do turismo sustentável.
Entretanto, os residentes exigem respeito e consciência ambiental por parte de quem utiliza o património natural da ilha. “O desporto deve unir e educar, não deixar lixo atrás”, disse uma moradora emocionada com o estado do areal.
Fonte: Jornal da Madeira
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