Jovem detido por violência doméstica não resistiu, apesar de esforços de emergência
Um recluso com cerca de 20 anos faleceu este sábado após sofrer uma paragem cardiorrespiratória no Estabelecimento Prisional do Funchal, localizado na Cancela. O jovem, que se encontrava a cumprir pena por violência doméstica, foi inicialmente socorrido por guardas prisionais, mas acabou por não resistir.
De acordo com as informações, o incidente ocorreu dentro da cela do recluso. Após o colapso, os guardas agiram de imediato, iniciando manobras de primeiros socorros enquanto aguardavam a chegada da Equipa Médica de Intervenção Rápida (EMIR).
O homem foi transportado ainda com sinais de vida para o Hospital Dr. Nélio Mendonça, onde deu entrada em estado crítico. Infelizmente, todas as tentativas de reanimação foram infrutíferas, e o óbito foi confirmado pouco depois.
Prisão sem médicos: uma realidade preocupante
Este caso levanta questões urgentes sobre a assistência médica no interior do estabelecimento prisional. No início deste mês a cadeia do Funchal estava sem médicos ao serviço — um dos clínicos desistiu da função, e o outro encontrava-se de baixa médica.
Até ao momento, não foi possível confirmar se havia presença de algum médico no momento do incidente, o que poderá ser alvo de investigação pelas autoridades competentes. A ausência de profissionais de saúde em unidades prisionais representa um grave risco à integridade dos reclusos e ao próprio funcionamento do sistema penitenciário.
Jovem recluso com futuro interrompido
Apesar dos crimes cometidos, trata-se de um jovem com apenas duas décadas de vida, cuja morte precoce choca familiares e levanta reflexões sobre as condições de detenção em Portugal, especialmente em momentos de crise na saúde prisional.
As autoridades deverão emitir nas próximas horas uma nota oficial com mais esclarecimentos, nomeadamente se foram cumpridos todos os protocolos de emergência e se existiram falhas no socorro.
Falta de médicos nas cadeias é uma bomba-relógio
Este trágico episódio sublinha uma realidade muitas vezes ignorada: os reclusos também são cidadãos com direito à saúde e dignidade. A escassez de médicos em prisões portuguesas não é um problema isolado, mas sim um alerta sistémico que exige ação imediata.
Este é mais um caso que exige uma investigação rigorosa e, sobretudo, uma resposta estrutural. Até quando vão continuar as prisões portuguesas sem a assistência médica mínima exigida por lei?
Eu já fui recluso e graças a rapidez dos guardas e da equipa médica fui salvo tive 2 paragens cardíacas de seguida e Graças a Deus e a eles estou ainda aqui..
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