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sexta-feira, 2 de maio de 2025

Funeral da menina de 12 anos que não foi vítima de bullying realiza-se amanhã em São Martinho

A Ilha da Madeira volta a ser abalada por um caso trágico que envolve uma jovem vida perdida em circunstâncias profundamente dolorosas.

J.T., de origem cabo-verdiana, deixou uma carta antes de falecer. Segundo informações do diretor da escola onde estudava, não sofria de bullying.

As cerimónias fúnebres de J.T., uma criança de apenas 12 anos e natural de Cabo Verde, terão lugar amanhã na capela do cemitério de Nossa Senhora das Angústias, em São Martinho, na Madeira.

Este falecimento inesperado de uma menina em idade escolar gerou uma profunda onda de consternação nas redes sociais e entre a comunidade local e emigrante madeirense.

Descartado o bullying, mas ficam perguntas sem resposta

Segundo o diretor da escola, o bullying foi descartado como causa direta da tragédia, embora a menina tenha deixado uma carta. O conteúdo dessa mensagem e as verdadeiras motivações por trás da sua decisão permanecem no mais absoluto silêncio, sem qualquer explicação oficial.

Vários casos semelhantes já ocorreram este ano, envolvendo adultos que colocaram termo à própria vida, mas, tal como agora, pouco ou nada foi revelado à população sobre as causas. A ausência de informação clara e útil levanta preocupações entre os cidadãos.

Comunidade madeirense exige mais transparência

São muitos os madeirenses, tanto na ilha como na diáspora, que acompanham com atenção este caso. Há um sentimento comum de que eventos trágicos como este acabam por ser esquecidos, sem lições tiradas ou medidas de prevenção visíveis.

O silêncio que habitualmente envolve estas situações contribui para que outras pessoas, que possam estar a enfrentar problemas emocionais semelhantes, não recebam a ajuda necessária. Este silêncio tem causado uma onda de "Fake News" nas Redes Sociais.

Importância de falar sobre saúde mental infantil

Este caso vem reforçar a urgência de abordar a saúde mental entre crianças e adolescentes. São vidas em formação que, muitas vezes, enfrentam desafios invisíveis aos olhos dos adultos.

Especialistas apelam a que se quebre o silêncio em torno destas tragédias, para que se possa construir uma sociedade mais consciente, preparada e empática.

Amanhã, São Martinho chora uma vida que partiu cedo demais. Que esta despedida não seja apenas um adeus, mas o início de um compromisso coletivo com a prevenção e o apoio psicológico.

2 comentários:

  1. Respeitem a memória da criança, reconhecendo a sua culpa, em vez de negar a realidade. Por que a criança deixou de frequentar a escola? Por que fez isso em casa, na hora que a mãe tinha ido à escola? Eu só acredito na palavra de uma autoridade que não esteja envolvida na situação nem com o governo regional. A polícia poderia esclarecer. Mas não há comunicado deles, porquê?

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  2. A escola em questão é frequente ouvir se relatos de bullying, e inclusive já fui vítima, mas as escolas nunca sabem de nada. Assobiam para o lado que não é com eles..

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