O fim do monopólio informativo?
Os grandes meios de comunicação estão a viver uma das suas maiores crises. A ascensão das redes sociais e das novas tecnologias ameaça diretamente o seu negócio mais lucrativo: o controlo da informação. O público, cada vez mais exigente, percebe claramente que as suas necessidades informativas não estão a ser devidamente atendidas.
Velocidade e eficiência: a vitória das redes sociais
Em situações de desastres naturais na região, ficou evidente que plataformas como o Facebook, X (antigo Twitter) e outras redes sociais foram muito mais rápidas e eficazes a transmitir informações do que os meios de comunicação tradicionais. Estes últimos, muitas vezes limitados a três ou quatro grupos empresariais, continuam a divulgar notícias de forma lenta, com forte carga política e desfasadas da realidade local.
A manipulação da informação: um problema antigo
O que se verifica é que, mais do que informar, muitos destes meios limitam-se a preencher páginas com conteúdos que pouco ou nada interessam à população. A informação tornou-se um negócio, e a luta para não perder esse monopólio leva-os a pressionar politicamente para criar leis que limitem a liberdade informativa. O objetivo? Que apenas esses grandes meios sejam os “donos da verdade”, bloqueando o direito de todos a escolherem as suas próprias fontes de informação.
Fake News: entre a necessidade de verificar e o perigo da censura
Com o surgimento das chamadas Fake News (termo amplamente utilizado pelos madeirenses para designar notícias falsas), cresceram também os organismos que pretendem verificar a veracidade de cada informação. À partida, esta iniciativa é positiva e necessária. No entanto, existe o risco de que a verificação se transforme em censura disfarçada, servindo para esconder notícias incómodas para determinados interesses políticos ou económicos.
O direito de saber e a responsabilidade de informar
A distinção entre o que é falso e verdadeiro deve ser feita com rigor e isenção, afastando-se de qualquer tipo de viés informativo. É perigoso rotular uma notícia como falsa de forma definitiva, sem uma análise profunda e transparente. A liberdade de informação e o direito de cada cidadão a escolher as suas fontes são pilares fundamentais da democracia, que não podem ser postos em causa por interesses corporativos.
O futuro do Negócio da informação está em risco?
Os meios de comunicação tradicionais enfrentam um grande desafio: adaptar-se à nova realidade sem recorrer a mecanismos de controlo e censura. O povo está atento e consciente de que o acesso à informação livre e plural é essencial. A pressão das redes sociais e das tecnologias emergentes continuará a crescer, obrigando os gigantes da comunicação a repensar o seu papel e, sobretudo, a recuperar a confiança dos seus leitores.
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