Clientes denunciam irregularidades no Vale de Combustível do Pingo Doce e BP

Alteração ilegal nas regras da campanha mensal de combustível deixou clientes indignados. Reclamações estão a crescer em várias bombas da BP.

Promoção conhecida entre os madeirenses pode estar a ser manipulada

Desde há vários anos, o supermercado Pingo Doce oferece ocasionalmente uma campanha bastante atrativa para os seus clientes: por cada compra superior a 100 euros, o consumidor recebe um vale de desconto de 20 euros em combustíveis, para ser usado nas estações de serviço BP.

A mecânica sempre foi simples: com o vale em mãos e apresentando o Cartão Poupa Mais, bastava colocar mais de 20 euros de combustível numa bomba da BP para usufruir do desconto. Muitos clientes habituaram-se a abastecer com valores como 20,01€ ou 21€, conseguindo assim um desconto imediato e justo.

Nova exigência nos surtidores da BP gera polémica

No entanto, nos últimos dias, uma mudança silenciosa está a gerar revolta: surgiram notas informativas nas próprias bombas da BP exigindo que, para usar o vale de 20€, o cliente tenha de abastecer com mais de 25 euros de combustível.

Esta alteração não foi previamente comunicada nos canais oficiais da campanha e contradiz diretamente as regras anteriores e as condições gerais divulgadas pelo próprio Pingo Doce impressas no proprio talão de desconto.

Clientes sentem-se enganados: “Estão a brincar connosco”

Numerosos consumidores já expressaram o seu desagrado. Alguns preencheram o Livro de Reclamações nas estações de serviço, enquanto outros contactaram diretamente o apoio ao cliente do Pingo Doce. Até ao momento, a situação mantém-se inalterada.

“Tenho abastecido com mais de 20 euros há meses, e agora dizem-me que tem de ser 25 euros ou mais. Isto é uma falta de respeito”, lamenta um cliente habitual da zona do Funchal.

Defesa do consumidor: o que pode e deve ser feito

As entidades responsáveis pela fiscalização do comércio e das práticas promocionais recomendam que os consumidores denunciem este tipo de irregularidades junto da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), e que preencham o Livro de Reclamações sempre que se sintam lesados.

Além disso, é importante guardar os talões de compra e capturas de ecrã com as regras promocionais antigas, caso venham a ser necessários em algum processo de queixa.

Transparência e respeito pelo consumidor são essenciais

Campanhas promocionais como esta devem ser claras, transparentes e respeitar as regras iniciais. Qualquer alteração deve ser comunicada com antecedência e de forma visível.

Os madeirenses, tal como todos os consumidores portugueses, têm direito a ser tratados com seriedade e justiça. Promover um desconto para depois o tornar praticamente inacessível é uma forma de publicidade enganosa que deve ser combatida.

Fique atento, reclame e defenda os seus direitos!