Nova pernoita na praia do Forte de São Tiago reacende críticas ao “turismo de pata rapada” no Funchal
Zona Velha da cidade continua a ser palco de pernoitas improvisadas que geram indignação entre os moradores locais
Funchal, 7 de junho de 2025 – Um novo episódio de pernoita ilegal na praia junto ao Forte de São Tiago, na Zona Velha do Funchal, voltou a levantar críticas da população local. Durante a manhã deste sábado, um leitor do Jornal da Madeira registou em fotografia e vídeo a presença de um homem a dormir num saco cama, exposto à vista de todos.
A imagem foi enviada à redação do jornal acompanhada de um comentário indignado que reforça um sentimento já partilhado por muitos residentes: “A saga do turismo de pata rapada continua”, escreveu o leitor, visivelmente frustrado com a frequência crescente deste tipo de situação.
Uma repetição que incomoda a comunidade local
Este caso surge pouco mais de uma semana após uma outra denúncia, também publicada pelo JM, em que uma moradora se queixava de turistas a dormir na mesma zona, transformando a praia num alegado “alojamento local improvisado”.
Na ocasião, a mesma residente chegou a afirmar com sarcasmo: “O turismo da Madeira no seu melhor”, numa crítica direta ao tipo de visitantes que, segundo ela, contribuem para a “poluição visual da cidade” e deterioração da imagem da ilha.
Impacto no turismo e na reputação da Madeira
A Zona Velha do Funchal é uma das áreas mais visitadas por turistas, conhecida pelas suas ruas históricas, gastronomia típica e pelo ambiente pitoresco. No entanto, os episódios de pernoita indevida em locais públicos têm vindo a afetar negativamente a perceção de qualidade e organização do turismo madeirense.
Com o aumento de turistas a optarem por soluções de baixo custo ou mesmo a recorrerem a pernoitas ao relento, cresce a pressão sobre as entidades responsáveis pela fiscalização e manutenção da ordem pública na cidade.
O apelo dos residentes e o desafio para as autoridades
Os moradores da Zona Velha pedem maior atenção por parte das autoridades locais e reforço na vigilância. Alegam que este tipo de comportamento mancha a imagem da Madeira enquanto destino turístico de excelência.
“Não somos contra o turismo, mas há que impor limites”, referem alguns residentes, exigindo medidas concretas contra o campismo urbano e a ocupação indevida de espaços públicos.
O debate sobre o turismo sustentável na Madeira
O episódio volta a colocar em cima da mesa a discussão sobre os limites do chamado “turismo low-cost” e as suas consequências na qualidade de vida das populações locais. Será necessário encontrar um equilíbrio entre a atração turística e a preservação do espaço urbano?
Enquanto não houver uma resposta firme e estruturada, a saga das pernoitas improvisadas poderá continuar a alimentar tensões e a manchar a imagem internacional da região.
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