Moradores do Várzea Park, em São Martinho, vivem quarta noite consecutiva sem água
Bombeiros Sapadores do Funchal abastecem edifício com auto-tanque após dias de revolta e indignação dos moradores.
Quatro noites sem água no maior condomínio privado da Madeira
Os moradores do Várzea Park, em São Martinho, estão a enfrentar sérias dificuldades devido à falta de abastecimento de água, que já dura há quatro noites consecutivas. A situação está a causar grandes constrangimentos às centenas de famílias que habitam este complexo, considerado o maior empreendimento habitacional privado da Madeira, com 271 fogos.
Perante o desespero dos residentes, os Bombeiros Sapadores do Funchal foram chamados ao local e encontram-se a abastecer o edifício através de um auto-tanque, numa tentativa de minimizar os problemas que afetam os moradores.
Indignação e revolta entre os moradores
A situação tem gerado forte revolta entre os habitantes. Um dos residentes não escondeu a frustração: “Isto é uma vergonha. Um edifício com milhares de pessoas, com mais moradores do que algumas freguesias da Madeira, e nós estamos sem água para as nossas necessidades básicas. Não podemos cozinhar, ir à casa de banho, lavar as mãos ou tomar um banho. A água é um bem essencial, mas já estamos nesta situação pelo quarto dia consecutivo.”
Outra moradora acrescenta que o gabinete do condomínio está encerrado desde 15 de agosto, só reabrindo a 1 de setembro devido a férias, e que, nos primeiros dias, os condóminos não obtiveram qualquer resposta. Esta ausência de comunicação agravou ainda mais a insatisfação e o sentimento de abandono.
Problema recorrente no Várzea Park
Esta não é a primeira vez que o Várzea Park enfrenta falhas de abastecimento. Em abril deste ano, o mesmo edifício já tinha sofrido interrupções no fornecimento de água devido a uma avaria interna. Os moradores afirmam que estão cansados de lidar com falhas constantes num condomínio que deveria oferecer condições dignas e adequadas para quem ali vive.
Inaugurado em 2007, o Várzea Park tornou-se uma referência da habitação privada na Madeira, mas episódios como este estão a comprometer a imagem do empreendimento e a paciência de quem lá reside.
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