A Região Autónoma da Madeira tornou-se casa para centenas de ucranianos que fogem da guerra, celebrando agora a independência do seu país.
1250 ucranianos já vivem na Madeira
Desde o rebentar da guerra na Ucrânia, a Madeira recebeu cerca de 1250 cidadãos ucranianos, segundo dados oficiais da Direcção de Serviços das Comunidades Madeirenses, Migrações e Cooperação Económica. Deste número, 350 possuem autorização de residência e 900 beneficiam de protecção internacional.
Estes dados confirmam a crescente integração da comunidade ucraniana na Madeira, que continua a adaptar-se à nova realidade e a contribuir para a diversidade cultural da Região.
Funchal acolheu celebrações do 34.º aniversário da independência
Este domingo, o Funchal foi palco das comemorações do 34.º aniversário da independência da Ucrânia, inserido num movimento global de celebração levado a cabo por comunidades ucranianas em diferentes países.
“Hoje assinalamos os 34 anos de independência da Ucrânia e estamos a fazê-lo em conjunto com Portugal inteiro, associados à Associação de Ucranianos de Portugal, à Associação de Ucranianas de Portugal e ao Congresso Mundial de Ucranianos”, destacou Katerina Leacock, presidente da Associação da Ucrânia com Amor.
Paz duradoura e integração em Portugal
Na sua intervenção, Katerina deixou um apelo sentido: “O que nós pedimos acima de tudo é paz, mas uma paz duradoura e coerente, não apenas um cessar-fogo que permita novas invasões.”
Apesar de estar bem integrada na sociedade madeirense, a comunidade ucraniana enfrenta alguns desafios. Segundo a dirigente, a habitação é a principal dificuldade, problema comum a todos os residentes na Região. Outro obstáculo é a língua, embora muitos ucranianos já estejam a aprender português para facilitar o acesso ao mercado de trabalho.
“Temos de salientar o apoio que recebemos do Governo Regional, das secretarias, direcções regionais e juntas de freguesia, bem como no Continente”, reforçou a responsável.
“A Ucrânia é a Europa”
Com emoção, Katerina sublinhou a dimensão europeia da causa ucraniana: “A Ucrânia é a Europa, a Ucrânia somos todos nós. Nós temos de estar com a Ucrânia. Eu estou com a Ucrânia.”
Após a cerimónia, a comunidade participou numa marcha simbólica ao longo das avenidas marginais do Funchal, entre a Praça CR7 e o Jardim do Almirante Reis, reafirmando a união e a esperança na vitória da paz.
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