domingo, 24 de agosto de 2025

Já vivem 1250 ucranianos na Madeira devido à guerra

A Região Autónoma da Madeira tornou-se casa para centenas de ucranianos que fogem da guerra, celebrando agora a independência do seu país.

1250 ucranianos já vivem na Madeira

Desde o rebentar da guerra na Ucrânia, a Madeira recebeu cerca de 1250 cidadãos ucranianos, segundo dados oficiais da Direcção de Serviços das Comunidades Madeirenses, Migrações e Cooperação Económica. Deste número, 350 possuem autorização de residência e 900 beneficiam de protecção internacional.

Estes dados confirmam a crescente integração da comunidade ucraniana na Madeira, que continua a adaptar-se à nova realidade e a contribuir para a diversidade cultural da Região.

Funchal acolheu celebrações do 34.º aniversário da independência

Este domingo, o Funchal foi palco das comemorações do 34.º aniversário da independência da Ucrânia, inserido num movimento global de celebração levado a cabo por comunidades ucranianas em diferentes países.

“Hoje assinalamos os 34 anos de independência da Ucrânia e estamos a fazê-lo em conjunto com Portugal inteiro, associados à Associação de Ucranianos de Portugal, à Associação de Ucranianas de Portugal e ao Congresso Mundial de Ucranianos”, destacou Katerina Leacock, presidente da Associação da Ucrânia com Amor.

Paz duradoura e integração em Portugal

Na sua intervenção, Katerina deixou um apelo sentido: “O que nós pedimos acima de tudo é paz, mas uma paz duradoura e coerente, não apenas um cessar-fogo que permita novas invasões.”

Apesar de estar bem integrada na sociedade madeirense, a comunidade ucraniana enfrenta alguns desafios. Segundo a dirigente, a habitação é a principal dificuldade, problema comum a todos os residentes na Região. Outro obstáculo é a língua, embora muitos ucranianos já estejam a aprender português para facilitar o acesso ao mercado de trabalho.

“Temos de salientar o apoio que recebemos do Governo Regional, das secretarias, direcções regionais e juntas de freguesia, bem como no Continente”, reforçou a responsável.

“A Ucrânia é a Europa”

Com emoção, Katerina sublinhou a dimensão europeia da causa ucraniana: “A Ucrânia é a Europa, a Ucrânia somos todos nós. Nós temos de estar com a Ucrânia. Eu estou com a Ucrânia.”

Após a cerimónia, a comunidade participou numa marcha simbólica ao longo das avenidas marginais do Funchal, entre a Praça CR7 e o Jardim do Almirante Reis, reafirmando a união e a esperança na vitória da paz.

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