quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Sismo de 3.9 na Madeira: Porque uns sentiram e outros não?

A noite de 24 de setembro ficou marcada por um tremor de terra que surpreendeu parte da população madeirense.

Um sismo confirmado pelo IPMA

Na noite desta quarta-feira, 24 de setembro, a população da Ilha da Madeira foi surpreendida por um sismo registado inicialmente com magnitude 4.0, posteriormente confirmado pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em 3.9 na escala de Richter.

O epicentro foi localizado a sudeste da Madeira, na zona das Ilhas Desertas, o que explica a diferente perceção do abalo entre os residentes.

Porque uns sentiram e outros não?

Muitas pessoas, sobretudo em Machico e Santa Cruz, relataram ter sentido um abalo curto mas intenso. Já em zonas como o Funchal e no oeste da Madeira, a intensidade foi bastante reduzida ou mesmo impercetível.

Especialistas explicam que, como o epicentro ocorreu no mar, atrás das Ilhas Desertas, o impacto chegou mais forte às regiões viradas a leste, perdendo intensidade à medida que se propagava para o resto do arquipélago.

Curiosamente, muitos moradores que sentiram o tremor chegaram a pensar que se tratava apenas da passagem de um camião pesado ou de uma pequena vibração normal da estrutura dos edifícios.

Réplicas e novos registos

Já na manhã seguinte, 25 de setembro, o IPMA registou um novo sismo de 1.8 na escala de Richter, também ao largo da Madeira. No entanto, devido à sua fraca intensidade, este não foi sentido pela população, sendo apenas detetado pelos instrumentos de monitorização sísmica.

As autoridades recordam que réplicas são fenómenos comuns após tremores de terra e podem ocorrer durante vários dias. Em alguns casos, essas réplicas chegam a ser mais fortes que o sismo inicial, pelo que se aconselha a população a manter-se atenta e preparada.

A importância da vigilância sísmica

A Madeira está situada numa região sismicamente ativa, onde a proximidade da placa tectónica africana e da placa euroasiática pode originar pequenos a moderados abalos com relativa frequência.

Embora a maioria destes eventos seja de baixa intensidade, especialistas sublinham a importância de manter sistemas de alerta atualizados e de informar a população sobre medidas de segurança em caso de sismos mais significativos.

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