sexta-feira, 3 de outubro de 2025

Governo Regional prepara novas taxas para as rent-a-car na Madeira

O Governo Regional da Madeira está a preparar um novo diploma que promete mudar o setor das rent-a-car na região. Entre as medidas mais marcantes, destaca-se a introdução de uma taxa diária de 2 euros por veículo alugado e a imposição de regras mais rigorosas sobre o estacionamento das empresas do setor.

Uma resposta ao excesso de veículos na Madeira

Nos últimos anos, a Madeira tem assistido a um aumento exponencial do número de carros a circular nas estradas, em grande parte devido ao turismo. Estima-se que, todas as semanas, entrem na região cerca de 250 novos carros de rent-a-car, o que corresponde a mais de 1000 veículos por mês. Ao longo de um ano, este número pode ultrapassar os 12 mil carros, somando-se aos mais de 100 mil já existentes.

Eta pressão está a colocar em causa a mobilidade urbana, aumentando o risco de acidentes rodoviários e agravando o já intenso tráfego diário nas principais vias da ilha.

Taxa de 2 euros por dia e estacionamento obrigatório

O diploma em preparação prevê a criação de uma taxa de 2 euros por dia para todos os turistas e residentes que optem por alugar viaturas. Além disso, as empresas do setor terão de garantir zonas de estacionamento obrigatórias, de forma a evitar a ocupação desordenada do espaço público.

A medida surge com o objetivo de controlar a “moda” do rent-a-car e, ao mesmo tempo, reduzir a sua rentabilidade excessiva, procurando travar o crescimento descontrolado de viaturas na ilha.

Impacto no turismo e na economia local

Embora a decisão tenha como principal foco a preservação da qualidade de vida da população residente e a sustentabilidade da mobilidade, as empresas questionam o impacto que estas medidas poderão ter no setor do turismo, um dos motores da economia madeirense.

Empresários ligados ao ramo das rent-a-car temem que a nova taxa afaste turistas e reduza a competitividade da Madeira face a outros destinos turísticos. Por outro lado, especialistas em mobilidade urbana consideram a medida necessária e urgente, defendendo que a ilha já não suporta o atual nível de pressão automóvel.

Uma decisão que promete polémica

O anúncio desta medida promete abrir um debate aceso entre empresários, residentes e entidades públicas. Para uns, trata-se de uma solução equilibrada que pode aliviar o trânsito e reduzir acidentes. Para outros, é uma barreira desnecessária que poderá afetar negativamente o setor turístico e a imagem da região.

O diploma deverá ser apresentado nas próximas semanas, mas já gera muita expectativa e discussão entre os madeirenses.

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