Tribunal condena homem de 53 anos pelo brutal homicídio da ex-companheira em Machico
O crime que chocou a comunidade de Machico e deixou a Ilha da Madeira profundamente abalada teve hoje um desfecho judicial. O homem de 53 anos, que em outubro de 2024 tirou a vida da ex-companheira, foi condenado a 20 anos de prisão, a pena máxima possível dentro das circunstâncias provadas em tribunal.
Tribunal dá como provados quase todos os factos
Segundo a leitura da sentença, o coletivo de juízes considerou provados praticamente todos os factos apresentados pelo Ministério Público, destacando a “especial censurabilidade” e a frieza extrema com que o crime foi cometido. A violência utilizada e o modo como o agressor procurou dissimular o homicídio foram fatores determinantes para a moldura penal aplicada.
O arguido já tinha confessado a autoria do homicídio durante o primeiro interrogatório judicial, em novembro de 2024, momento em que lhe foi decretada a prisão preventiva. Contudo, durante a primeira sessão de julgamento, optou pelo silêncio, não prestando declarações perante o tribunal.
A manhã trágica de 30 de outubro de 2024
De acordo com a Polícia Judiciária, o crime ocorreu na manhã do dia 30 de outubro de 2024. Munido de um tubo de ferro, o homem desferiu pelo menos três golpes violentos na zona lateral da cabeça da vítima. Depois, abandonou o local, deixando a mulher na cama, “como se continuasse a dormir”, numa tentativa de simular uma morte natural ou acidental.
O corpo acabaria por ser descoberto horas mais tarde por um dos filhos do casal, que, ao entrar no quarto, percebeu imediatamente que se tratava de um cenário suspeito. A investigação da PJ confirmou rapidamente a natureza violenta da morte, conduzindo à detenção do assassino.
Uma decisão que procura dar resposta ao clamor público
Este caso reacendeu o debate sobre violência doméstica na Madeira e a necessidade de reforço dos mecanismos de proteção às vítimas. A sentença foi recebida como um marco de justiça por parte da comunidade, que acompanhou com atenção cada etapa deste processo marcado por dor, revolta e indignação.
Com a condenação a 20 anos de cadeia, o tribunal madeirense procura não apenas punir o agressor, mas também enviar uma mensagem clara sobre a intolerância perante crimes desta natureza, reforçando a necessidade de prevenção e intervenção em contextos de risco.
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