O recente colapso do governo de Miguel Albuquerque trouxe consigo uma consequência financeira absurda: a realização de novas eleições que custarão aos contribuintes da Região Autónoma da Madeira mais de 1 milhão de euros. O mais irónico? Não existe nenhuma força política capaz de destronar Albuquerque neste momento. Trata-se de um teatro político onde os protagonistas são sempre os mesmos e onde o enredo se repete ano após ano, drenando os cofres públicos e empobrecendo os cidadãos.
Uma Festa de Dinheiro Público para os Partidos
Os 14 partidos políticos envolvidos nestas eleições estão longe de se preocupar com a insatisfação popular. Pelo contrário, regozijam-se com a oportunidade de aceder a um montante generoso de fundos públicos, sob a justificativa de campanhas eleitorais. No entanto, todos sabem que apenas uma fração desse dinheiro é usada para publicidade real. O restante? Provavelmente distribuído entre os próprios políticos, através de manobras obscuras, pagamentos a consultores inexistentes e desvio de verbas para empresas fantasma.
A cada ciclo eleitoral, os mesmos nomes reaparecem nas listas de despesas milionárias, sem qualquer prestação de contas à população. Não há auditorias sérias, não há fiscalização independente e o resultado é sempre o mesmo: o dinheiro desaparece sem que os cidadãos vejam qualquer benefício real.
A Madeira: Um Paraíso para Corruptos?
A realidade é simples: a Madeira tornou-se uma “ilha cheia de ladrões”. Os políticos locais perceberam que podem organizar eleições sucessivas, garantindo que, ano após ano, continuam a receber financiamentos milionários. O objetivo não é representar os cidadãos, mas sim enriquecer sem trabalhar. Para muitos deles, a política não é um serviço público, mas sim um negócio altamente rentável, onde a principal preocupação não é o desenvolvimento da região, mas sim a acumulação de privilégios e fortunas pessoais.
Os salários elevados, os subsídios obscuros, as ajudas de custo desproporcionais e os contratos fraudulentos fazem parte do pacote. E enquanto TODOS os políticos vivem em luxo, a Madeira enfrenta problemas estruturais graves que continuam a ser ignorados.
Empresas de Publicidade: As Grandes Beneficiadas
As eleições não apenas geram despesas diretas para o Estado, mas também garantem lucros fáceis a certas empresas de publicidade. É um segredo aberto: são sempre os mesmos três ou quatro grupos, liderados por amigos e familiares dos políticos, que faturam milhões com estas campanhas. O esquema pode ser simples: superfaturamento na produção de materiais de campanha, gastos inflacionados com consultorias inexistentes e distribuição de dinheiro entre as mesmas figuras de sempre... ninguém sabe!
Um Governo Regional Marginalizado
Enquanto tudo isso acontece, a Madeira continua esquecida pelo Governo Central de Portugal. Áreas fundamentais como o desporto, as forças de segurança e os serviços de socorro recebem pouca ou nenhuma verba vinda de Lisboa. Assim, o governo madeirense "derrubado" é forçado a financiar essas áreas, mas, ao mesmo tempo, desperdiça dinheiro em eleições desnecessárias.
O Governo central de Lisboa prefere manter a Madeira dependente, fornecendo apenas o mínimo necessário para evitar uma crise total, enquanto permite que os políticos locais perpetuem este ciclo vicioso de corrupção e desperdício.
O Custo Social das Eleições
Além do custo financeiro, há outro preço que a Madeira paga: a paralisia administrativa. Durante o período eleitoral, todas as decisões importantes ficam suspensas. Em vez de trabalharem para resolver problemas urgentes como saúde, habitação e desenvolvimento económico, os políticos estão focados apenas em campanhas vazias, promessas falsas e ataques mútuos.
Os serviços públicos ficam ainda mais ineficientes, os investimentos são adiados e as necessidades reais da população são ignoradas. A cada eleição antecipada, a região perde meses preciosos que poderiam ser usados para implementar políticas públicas eficazes.
Um Roubo ao Povo
Os cidadãos da Madeira mais uma vez encontram-se à mercê de uma classe política irresponsável. As próximas eleições não servirão para melhorar a vida da população, mas apenas para continuar a alimentar um sistema onde o dinheiro dos impostos enriquece os políticos opositores e os aliados. No final das contas, somos todos nós que estamos a ser roubados – e desta vez por todos os 14 partidos envolvidos.
Se a Madeira quer um futuro diferente, precisa urgentemente de uma reforma política profunda, maior transparência na gestão dos fundos públicos e uma fiscalização PÚBLICA real e independente das contas eleitorais. Caso contrário, estaremos condenados a repetir este ciclo de desperdício e corrupção por muitos anos.
Miguel S. T.
Como se fossemos muito ricos!
ResponderEliminar