O Jornal da Madeira fez denunciou hoje a recorrente presença de autocarros de turismo a estacionar de forma irregular no coração de Câmara de Lobos, que está a levantar uma onda de indignação entre os residentes locais.
Moradores exasperados com a falta de ação das autoridades
O caso veio a público através de uma denúncia feita por um morador da vila, que afirma ter enviado várias queixas à Câmara Municipal e à Junta de Freguesia de Câmara de Lobos, sem que tenha havido qualquer resposta eficaz até à data.
Segundo Pedro Gonçalves, o residente que expôs a situação, os autocarros estacionam frequentemente em locais destinados a viaturas ligeiras, como acontece na paragem próxima ao posto da Repsol. Além de ocuparem espaço indevido, estes veículos chegam a bloquear acessos a garagens privadas, gerando transtornos diários aos habitantes.
“O madeirense tornou-se cidadão de segunda”
O morador não esconde a sua frustração com a passividade das autoridades e o que considera uma clara inversão de prioridades: “Isto tudo por causa de turismo (que agora é a realeza e o madeirense o cidadão de segunda) que dá a volta à vila, tira umas fotos e vai embora. A maioria nem deve deixar dinheiro em Câmara de Lobos”, afirma, com visível amargura.
As imagens captadas no último domingo às 10h00, publicadas pelo Jornal, mostram um autocarro a ocupar três lugares de estacionamento reservados a carros ligeiros. Este cenário repete-se com frequência e gera descontentamento crescente.
Parques próprios não são utilizados
Pedro Gonçalves lembra que a zona da Cidade Nova possui parques apropriados para o estacionamento de grandes veículos, como autocarros turísticos. Ainda assim, os motoristas continuam a optar por parar no centro da vila, mais próximo dos pontos turísticos, desrespeitando as normas e prejudicando os moradores.
Apelo à intervenção urgente
Os residentes apelam à fiscalização eficaz por parte da Polícia Municipal e à criação de regras claras de circulação e estacionamento para veículos de turismo, que respeitem tanto os visitantes quanto os habitantes locais.
“Não estamos contra o turismo, mas sim contra o desrespeito e a impunidade”, reforça o morador.
A polémica está lançada, e fica agora nas mãos das entidades competentes devolver a tranquilidade a Câmara de Lobos, uma vila que merece respeito tanto para quem a visita como para quem nela vive.
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