“Isto é mais uma sexta-feira normal para uns, mas para nós é o Inferno à porta de casa!”
Os moradores da Zona Velha do Funchal estão a viver um verdadeiro pesadelo durante as noites de fim de semana, com queixas que se repetem há meses sem qualquer solução à vista. O que em tempos foi um centro histórico cheio de charme e tradição, está a transformar-se, segundo os habitantes, num autêntico bairro marginal.
Falta de policiamento agrava sentimento de insegurança
Com relatos constantes de confusões, brigas, navalhadas, consumo de drogas e álcool na via pública – muitas vezes por menores de idade – os residentes denunciam a ausência quase total de presença policial. “Quando aparecem, em vez de policiar as zonas problemáticas, estão nas zonas calmas a ver as mulheres passar!”, afirma um morador indignado.
Drogas, álcool e lixo nas ruas: um cenário caótico
Durante a noite, dezenas de drogados e embriagados juntam-se na Zona Velha para “partilhar e divertir-se”, como descrevem os locais, mas sempre à custa do sofrimento alheio. O lixo espalhado, vómitos e urina são parte do cenário diário, provocando um cheiro insuportável que atinge diretamente os que ali vivem.
Falta de fiscalização nos bares e desrespeito pelas regras
Os moradores pedem uma fiscalização mais rigorosa aos bares da zona, que “abusam da música alta, do álcool e facilitam o consumo de drogas”. Segundo relatos, muitos desses estabelecimentos não respeitam limites de som nem horários de funcionamento, contribuindo ainda mais para o ambiente descontrolado.
Moradores sem direitos: “Somos cidadãos de segunda?”
“Temos deveres como qualquer outro cidadão, mas parece que não temos direitos”, desabafa uma residente. As queixas vão desde a falta de descanso e paz de espírito até ao impacto negativo na saúde mental e bem-estar de famílias que vivem diariamente com medo e ansiedade.
“Na Zona Velha não existem leis”: até quando?
Os residentes exigem uma resposta urgente das autoridades, com mais policiamento, fiscalização adequada e respeito pelos direitos de quem ali vive. “Até quando vamos continuar a ser ignorados?”, questionam em uníssono. A pressão cresce para que o Município do Funchal e a PSP tomem medidas eficazes para recuperar a ordem e a dignidade da Zona Velha.
Mais do mesmo? Ou será que está na hora de dizer basta?
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