Helicóptero da Proteção Civil mobilizado para evacuar mulher de 52 anos com suspeita de fratura numa perna
Uma turista de 52 anos foi esta quarta-feira resgatada por helicóptero após sofrer uma queda enquanto percorria a Levada do Alecrim, na Calheta. A mulher terá sofrido uma suspeita de fratura numa das pernas, sendo estabilizada no local pelos Bombeiros Voluntários da Calheta.
Devido à dificuldade de acesso ao trilho onde ocorreu o acidente, foi acionado o helicóptero do Serviço Regional de Proteção Civil, que se encontra a realizar a operação de resgate por via aérea.
No local estão também elementos da Polícia Florestal, que auxiliaram nas diligências iniciais até à chegada do meio aéreo.
Críticas ao financiamento público dos resgates
Apesar da rápida resposta das autoridades, este tipo de operações continua a gerar controversas entre a população madeirense, principalmente pelo facto de os custos continuarem a ser suportados pelo erário público.
“Longe do que muitos madeirenses pensam, estes voos de helicóptero não estão a ser pagos pelos turistas. Continuam a ser pagos com os nossos impostos”, denuncia um residente local que prefere manter o anonimato.
Segundo relatos, tem sido difícil cobrar os custos dos resgates aos turistas envolvidos. A maioria das evacuações realizadas este ano não foram pagas pelos visitantes resgatados, resultando em mais uma carga financeira para o sistema regional de saúde.
“É uma injustiça para os milhares de madeirenses que aguardam meses por uma consulta ou exame, enquanto os turistas recebem tratamento imediato e gratuito, até com helicópteros”, sublinha a mesma fonte.
O debate reacende-se sempre que há operações de resgate com uso de helicóptero em zonas de levadas, frequentemente visitadas por estrangeiros desprevenidos para os perigos dos trilhos da Madeira.
Falta de regulação e responsabilização
A ausência de um mecanismo eficaz de cobrança dos custos associados a este tipo de operações levanta questões sobre a necessidade de novas regras de responsabilização dos turistas que ignoram avisos de segurança ou percorrem trilhos fechados.
Enquanto isso, o helicóptero regional continua a garantir o resgate imediato de visitantes, muitas vezes com esforço logístico e financeiro considerável – uma situação que muitos consideram insustentável a médio prazo.
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