quinta-feira, 19 de junho de 2025

Turista socorrida de helicóptero após queda grave na Levada do Alecrim

Helicóptero da Proteção Civil mobilizado para evacuar mulher de 52 anos com suspeita de fratura numa perna

Uma turista de 52 anos foi esta quarta-feira resgatada por helicóptero após sofrer uma queda enquanto percorria a Levada do Alecrim, na Calheta. A mulher terá sofrido uma suspeita de fratura numa das pernas, sendo estabilizada no local pelos Bombeiros Voluntários da Calheta.

Devido à dificuldade de acesso ao trilho onde ocorreu o acidente, foi acionado o helicóptero do Serviço Regional de Proteção Civil, que se encontra a realizar a operação de resgate por via aérea.

No local estão também elementos da Polícia Florestal, que auxiliaram nas diligências iniciais até à chegada do meio aéreo.

Críticas ao financiamento público dos resgates

Apesar da rápida resposta das autoridades, este tipo de operações continua a gerar controversas entre a população madeirense, principalmente pelo facto de os custos continuarem a ser suportados pelo erário público.

“Longe do que muitos madeirenses pensam, estes voos de helicóptero não estão a ser pagos pelos turistas. Continuam a ser pagos com os nossos impostos”, denuncia um residente local que prefere manter o anonimato.

Segundo relatos, tem sido difícil cobrar os custos dos resgates aos turistas envolvidos. A maioria das evacuações realizadas este ano não foram pagas pelos visitantes resgatados, resultando em mais uma carga financeira para o sistema regional de saúde.

“É uma injustiça para os milhares de madeirenses que aguardam meses por uma consulta ou exame, enquanto os turistas recebem tratamento imediato e gratuito, até com helicópteros”, sublinha a mesma fonte.

O debate reacende-se sempre que há operações de resgate com uso de helicóptero em zonas de levadas, frequentemente visitadas por estrangeiros desprevenidos para os perigos dos trilhos da Madeira.

Falta de regulação e responsabilização

A ausência de um mecanismo eficaz de cobrança dos custos associados a este tipo de operações levanta questões sobre a necessidade de novas regras de responsabilização dos turistas que ignoram avisos de segurança ou percorrem trilhos fechados.

Enquanto isso, o helicóptero regional continua a garantir o resgate imediato de visitantes, muitas vezes com esforço logístico e financeiro considerável – uma situação que muitos consideram insustentável a médio prazo.

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