Últimas

Pesquise

terça-feira, 29 de julho de 2025

Madeirense cometeu fraude na Venezuela e acabou por ser detido na Ribeira Brava

Madeirense procurado na Venezuela por fraude detido na Ribeira Brava

Homem de 45 anos vivia na Madeira após ter cometido crime grave de falsificação de documentos na Venezuela

Foi detido esta segunda-feira, na Ribeira Brava, um cidadão madeirense de 45 anos, procurado internacionalmente pelas autoridades venezuelanas. A detenção foi levada a cabo pela Polícia Judiciária, na sequência de um mandado de detenção internacional (MDI) emitido por crimes de falsificação de documentos públicos.

Num momento em que a Região Autónoma da Madeira recebe diariamente emigrantes de diferentes partes do mundo — muitas vezes injustamente julgados por comportamentos ilícitos —, esta ocorrência inverte a narrativa habitual: um madeirense foi cometer um crime grave no estrangeiro e regressou à sua terra natal para escapar à justiça.

Fraude imobiliária começou em 2002 e culminou com venda ilegal

Segundo a Direção Nacional da PJ, o caso remonta ao ano de 2002, altura em que o pai do suspeito adquiriu ilegalmente um imóvel na Venezuela. Após o falecimento do progenitor, em 2004, o indivíduo agora detido falsificou documentos oficiais para simular a sua legítima posse da propriedade.

Com os documentos adulterados em mãos, o homem concretizou a venda do imóvel, causando prejuízo direto ao verdadeiro proprietário, que viria a apresentar denúncia às autoridades venezuelanas.

Após anos em fuga, e acreditando estar seguro ao regressar à Madeira, o esquema foi finalmente desmontado pelas autoridades portuguesas, que atuaram prontamente após a emissão do mandado internacional.

Crime de falsificação pode render pena até 25 anos de prisão

O crime de falsificação de documentos públicos é considerado extremamente grave em território venezuelano. Caso venha a ser extraditado e julgado, o cidadão poderá enfrentar uma pena máxima de 25 anos de prisão, conforme estipulado pela legislação local.

Para já, o processo segue os trâmites legais, estando a decorrer procedimentos judiciais em solo português com vista à possível extradição.

Madeira: destino de fuga ou ponto de justiça?

Este caso levanta uma reflexão pertinente sobre a perceção da imigração na Região Autónoma da Madeira. Numa altura em que muitos olham com desconfiança para os que chegam de fora, a realidade mostra que o crime não tem nacionalidade, e que a justiça deve atuar independentemente da origem do infrator.

Enquanto a Polícia Judiciária reforça a sua vigilância sobre casos de fuga à justiça internacional, a população madeirense assiste com surpresa ao desfecho de um caso que envolve um dos seus próprios.

Este episódio demonstra a eficácia da cooperação internacional entre autoridades judiciais e o compromisso de Portugal no combate ao crime transnacional.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Ficou em liberdade o detido em flagrante após um furto no Parque de Santa Catarina

Dispositivo AirTag ajudou PSP a localizar suspeito nas imediações da Avenida do Mar Funchal, 29 de julho de 2025 — Um homem de 5...