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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Mulher agredida por sem-abrigo em muletas com violência no Funchal

Agressão na Avenida do Mar deixa residente madeirense traumatizada e reacende debate sobre violência urbana no Funchal

FUNCHAL – Uma mulher de 40 anos, filha de madeirenses e natural da África do Sul, atualmente residente na Madeira, foi violentamente agredida por um homem em situação de sem-abrigo na passada sexta-feira, numa tarde que deveria ter sido de tranquilidade junto ao mar. O suspeito, conhecido popularmente como “o Muletas”, tem sido presença constante nas ruas mais movimentadas da cidade, nomeadamente a Rua Fernão Ornelas e a Avenida do Mar, acumulando várias queixas na Polícia.

Segundo moradores e comerciantes da zona, o indivíduo tem historial de comportamentos agressivos, apontado frequentemente por atacar idosos e turistas mais vulneráveis, sobretudo ao final do dia.

A agressão ocorreu junto à praia de São Tiago, no Pontão

A vítima encontrava-se a apreciar o pôr-do-sol quando, de forma inesperada, foi atacada. O agressor, que se desloca com o apoio de duas muletas devido a problemas de mobilidade, terá utilizado precisamente esses objetos para desferir vários golpes.

O caso foi inicialmente denunciado nas redes sociais, provocando onda de indignação, e foi posteriormente confirmado pela irmã da vítima, Lúcia de Freitas, que descreveu o momento como “um ataque brutal e inesperado”.

“Ele bateu na minha irmã com as muletas, atingindo-a na cabeça e numa mão. Ela foi assistida no Hospital Dr. Nélio Mendonça, com dores fortes na cabeça e a mão bastante inchada. Neste momento está traumatizada e com medo de passar naquele local”, relatou a familiar.

Família critica frieza da PSP e falta de apoio

A mulher apresentou queixa na Polícia de Segurança Pública (PSP), mas, segundo familiares, a receção não foi a esperada. Lúcia Freitas denuncia que a irmã “foi recebida com frieza e desprezo”, lamentando ainda a falta de acompanhamento e proteção num caso que poderia ter tido desfecho ainda mais grave.

Vários residentes da zona afirmam já ter reportado comportamentos perigosos do mesmo indivíduo, mas alegam que “nada tem sido feito” para impedir novos episódios.

“Não quero atacar a Madeira, só evitar que isto volte a acontecer”

Em declarações, Lúcia Freitas reforça que o objetivo da denúncia pública não é prejudicar a imagem da Região, mas sim apelar a que as autoridades “não ignorem um problema de segurança que já é conhecido por todos”.

“Se continuarmos a ignorar esta situação, estamos apenas à espera que apareça a vítima ‘errada’, aquela que finalmente faça alguém agir”, afirmou.

O caso reacendeu o debate sobre segurança pública no Funchal, especialmente em zonas turísticas e de grande circulação, onde diversos moradores afirmam sentir-se cada vez mais inseguros perante episódios de agressividade envolvendo indivíduos vulneráveis.

Fonte: Jornal da Madeira

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