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sexta-feira, 13 de junho de 2025

SESARAM vai comprar carrinha para distribuir metadona aos agarrados enquanto idosos esperam camas em lares

População questiona prioridades dos investimentos em saúde na Madeira

Proposta do SESARAM está em fase de apreciação

O Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) encontra-se a avaliar as propostas recebidas no âmbito de um concurso público para a aquisição de uma carrinha especial destinada à distribuição de metadona a pessoas com dependências químicas (Toxicodependentes). Esta medida, que visa reforçar as terapêuticas de substituição opiácea, está a gerar uma acesa controvérsia na opinião pública regional.

População dividida: apoio aos toxicodependentes ou investimento em lares e consultas?

O anúncio provocou indignação em vários sectores da sociedade madeirense. Muitos cidadãos questionam se os nossos impostos devem ser utilizados para beneficiar toxicodependentes enquanto há idosos à espera de camas em lares durante anos e trabalhadores que aguardam meses por uma simples consulta médica.

“Apoiar quem precisa é essencial, mas e os nossos pais e avós que morrem sem assistência adequada? E quem paga impostos e não consegue sequer ver um médico?”, desabafa um residente do Funchal nas redes sociais.

Nova carrinha será dedicada à entrega de metadona

Segundo o plano em análise, a carrinha será equipada com dispositivos médicos e segurança especializada, permitindo ao SESARAM levar a terapia de substituição com metadona diretamente aos utentes, evitando deslocações ao hospital ou centros de saúde.

Esta abordagem pretende reduzir o abandono do tratamento por parte dos dependentes e aumentar a adesão aos programas de reabilitação. Contudo, a medida surge num momento delicado, em que a crise nos cuidados continuados e a carência de recursos nos lares para idosos são assuntos que continuam sem solução.

Prioridades públicas em xeque

A controvérsia expõe um debate sensível sobre as prioridades de investimento público na Madeira. Enquanto alguns defendem que combater a toxicodependência é uma forma de proteger a sociedade no seu todo, outros argumentam que os recursos são escassos e devem ser canalizados para os mais vulneráveis, como os idosos em situação de dependência e os trabalhadores que sustentam o sistema de saúde com os seus descontos.

O SESARAM, até ao momento, não emitiu declarações públicas sobre a reacção da população, limitando-se a afirmar que a proposta será avaliada com base em critérios técnicos e de eficácia terapêutica.

Que voz tem o povo?

A decisão final sobre a aquisição da carrinha será tomada nos próximos dias. Enquanto isso, cresce o apelo da sociedade para que haja mais transparência, equilíbrio e justiça na aplicação dos recursos públicos.

Resta saber se os responsáveis políticos vão escutar a população ou manter uma política que, segundo muitos, esquece os que mais contribuíram por décadas para a sociedade madeirense.

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